23 de jul. de 2012

O teatro Fórum no GTO Fazendo Arte



O teatro fórum ou foro é visto com uma forma de teatro bastante ousada. Nela, o oprimido (protagonista) e o opressor (antagonista) estão frente a frente, ocultada na forma de pai, aluno, policial, homossexual ou qualquer outro personagem. Esse teatro revela uma problemática real, individual ou coletiva, na qual, o oprimido não foi capaz de ‘enfrentar’ o seu opressor. Mas agora, no teatro fórum, a cena poderá ser novamente ‘vivenciada’, onde, através da participação de diversos ‘espect-atores’ poderão sugerir novas soluções (talvez até possível) para o caso do oprimido. Normalmente ao presenciar um teatro fórum há o sentimento, por parte do público, de querer intervir a qualquer momento para impedir a ação do agressor. Conforme Boal, no fórum deve conter a falha política ou social, esses erros são expressos claramente ao público. Quando a opressão chega a seu ápice os ‘espect-atores’ devem-se sentir motivados a encontrar uma ou mais formas de solução ao problema. (BOAL, 2007)
O GTO Fazento Arte conheceu a metodologia do teatro fórum em 2010, com uma oficina desenvolvida pelo multiplicador William Berger. Desde lá, a cada ano o grupo é renovado por novos participantes e re-experimenta o processo metodológico do teatro do oprimido, mas é o teatro fórum que mais atrai o interesse dos novos participantes. Nele, em cada reapresentação as alternativas e dos "espect-atores" são inéditas e desafiam os membros do GTO Fazendo Arte a discutir com novas ideias e sugestões de enfrentamentos da opressões.

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BOAL, Augusto. Jogos para atores e não-atores10.ed. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2007